Esta é uma pitangueira.
Sua idade, não sei.
Mas com certeza já tem um bom caminho pela frente e já assistiu muita mudança.
Meu primeiro encontro com ela ocorreu no nono andar de um prédio na R. Maranhão, em São Paulo.
Cleide, uma amiga, havia comprado sua mais nova morada e fomos conhecer seu cantinho, ainda vazio a ser adequado a sua nova dona.
Na varanda, numa jardineira estreita, estava ela, bela e sobrerana, num espaço minusculo, mas poderosa.
Cleide em sua nova proposta de vida, estava esperando alguém para retira-la. Ela não fazia parte de sua vida e sim do dono anterior, que não a levou.
Nos olhamos e foi amor a primeira vista.
A pitangueira é a arvore sagrada de Xangô, o Orixá da Justiça.
No ato, preparamos uma forma de transporte e a levamos para sua nova morada.
Como estava acostumada às alturas, foi para nossa varanda superior.
Alguns anos se passaram e mesmo dentro de um vaso, contida como se fosse um bonsai, ela esta majestosa e começando a se preparar para a florada de 2008.
No verão comemos pitangas frescas, colhidas do pé todas as manhã quando acordamos.
Suzana levanta, abre a varanda e colhe o fruto vermelho e de sabor ligeiramente acido e me acorda colocando-a em minha boa.
No quintal do vizinho ela tem uma irmã, muito mais velha, que hoje chega a ultrapassar a altura da minha casa.
Viva a mãe natureza.
Um dias destes posto a foto dela florida e com frutos.